12 de dez. de 2011

Para um novo ciclo começar

E lá se vai mais um ano...
Pensei nisto o dia todo e aos poucos minhas sensações mudavam. 
É impossível não fazer um balanço do que foi feito até agora e daquilo que ficou por fazer.
Hoje encerro um ciclo, pra amanhã logo nas primeiras horas um novo começar.

Todo ano é feito de encontros e despedidas, chegadas e saídas, tristezas e alegrias e claro, mudanças, muitas mudanças.
Mudança de emprego, mudança de amigos, uns vem outros vão, mas continuam amigos, mudança de clima, mudança de vida.
A cada ano um ponto a mais é cobrado de nossa maturidade, uma responsabilidade a mais nos é atribuída, o peso da idade que vem avançando mostra o peso de importância que cada ano tem.
De repente me pego ofegante de tanto correr pela avenida chamada: Perguntas, e me sento para respirar numa calçada chamada: Paciência, tomo alguns goles de água pra seguir meu caminho e vejo que logo á frente tem um lugar aberto com a indicação: "Aqui temos algumas respostas", prato perfeito para me alimentar nessa estrada que parece sem fim.

A cada ano que decidimos novos rumos, traçamos novas metas, vislumbramos alguns sonhos, precisamos estar alertas. Nada é tão simples que não seja necessário dedicação e nada é tão difícil para que possamos desistir sem tentar, mas se mesmo assim algo nos desmotivar a encarar a vida de frente, desejo que a sobriedade da nossa coragem fale mais alto, que o amor de Deus por nós seja um motivo de gratidão todos os dias e que nossa fé nos leve além de nossas próprias forças...

Quanto a mim, que venha os 29 aninhos e que seja melhor que todos os outros anos e que o amor de Deus reine soberano em minha vida...e que venha 2012.



Thais Goveia

24 de nov. de 2011

Ser nobre é ser simples


As pessoas correm. Existe um ar de desespero espalhado por todos os lados. Há muitos ruídos; todos estão preocupados demais em falar e se esquecem de um simbolismo simples, básico, elementar: o ser humano tem dois ouvidos e só uma boca. Há muita intolerância e as atitudes estão carregadas de individualismo. E, no meio dessa loucura, a dúvida óbvia e previsível sempre chega: Para onde ir com tudo isso? Qual o sentido de tanta pressa?
Ufa… que canseira! Tudo poderia ser mais simples. Pra quê complicar tanto? As pessoas se deparam buscando tantos sentidos, esses que saem por aí para brincar de esconde-esconde, esperando que alguém os encontre, tenha aquela sensação eufórica e exclame: “achei!”. Mas, com esse processo que a princípio parece ser tão involuntário e natural, as pessoas acabam se adestrando para enxergar só o lado “complicado da vida”. Encontrar verdadeiros sentidos passa a ser difícil diante de tantas opções que o mundo oferece. A partir daí tudo se transforma em complexidade.
Mas… calma! Ainda existe solução. Não precisa ir muito longe para perceber que é possível descomplicar as coisas e sentir que a verdadeira nobreza do homem está na simplicidade, na simplicidade de desenvolver um olhar sutil, sensível, valioso.


Pare. Olhe com calma e com mais atenção o que está ao seu redor.
Chega de brigar com o relógio, de correr contra o tempo.
Sinta a brisa tocar seu rosto e enxergue o reflexo do sol sobre as folhinhas verdes.
Observe as mais repetidas ações e situações como se fosse a primeira vez, livre de rótulos, preconceitos e manchas. Permita-se aprender novas lições todos os dias.
Aprecie a risada aberta, o sorriso tímido e até mesmo a lágrima, escondida ou escancarada, no rosto das pessoas. Aprenda a olhar mais para o próximo.
Reclame menos e agradeça mais. Fale menos e ouça mais.
Olhe para o céu cheio de nuvens branquinhas e descubra os infinitos desenhos surreais e bichinhos divertidos que os gingantes algodões brancos podem formar.
Perceba. Desvende. Viva.
Cada minuto é mais uma chance que Deus nos dá para contemplar o que temos ao nosso redor.
Acredite! É possível enxergar Jesus, enxergar as criações divinas nisso tudo. Não é difícil e esse é o melhor sentido da vida.


                                                            GEHELIO E ANA         
                                                                                                          21/11/11

2 de ago. de 2011

Quando as coisas não vão bem...

Todos nós temos aqueles momentos de dúvida em que a resposta parece estar longe de ser encontrada. Nesses momentos buscamos de diversas formas encontrar respaldo e definições que nos ajudem a chegar lá.
Hoje cedo lendo um trecho de um livro de Bill Hybels, recordei a passagem que fala sobre o moço de Eliseu.


“O servo do homem de Deus levantou-se bem cedo pela manhã e, quando saía, viu que uma tropa com cavalos e carros de guerra havia cercado a cidade. Então ele exclamou: "Ah, meu senhor! O que faremos?

"O profeta respondeu: "Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que eles".E Eliseu orou: "Senhor, abre os olhos dele para que veja".

Então o Senhor abriu os olhos do rapaz, que olhou e viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu.” (II Reis 6 15-17)


Entendi nessa manhã que aos nossos olhos naturais só conseguimos enxergar obstáculos ante as dificuldades, mas quando pedimos a Deus que abra nossos olhos da fé, podemos enxergar além do que nossa capacidade humana permite. Deus em sua infinita graça, nos traz paz e nos faz enxergar sob sua ótica o livramento que já nos tem dado, mesmo antes de entrarmos em dúvida, guerra interior ou mesmo abatimento.
Em todas as coisas somos mais que vencedores por Cristo, sobre nós não haverá nenhuma tentação maior do que pudermos surportar, antes nosso Senhor nos dará o escape.


Minha conclusão é que permanecendo firme na fidelidade de Deus, podemos ir além.


Thais Goveia

31 de jul. de 2011

O VELHO E A FLOR

Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor.

Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor.
Vinícius de Moraes

11 de mai. de 2011

Saudade

Saudade é aquela palavra que só existe na língua portuguesa.
Saudade não se mede, apenas sente.
Saudade não se explica, acontece.
Saudade te remete a lembranças.
Saudade traz a sensação de vazio.
Saudade gera sensibilidade.
Saudade é aquela falta de algo ou alguém, que é importante pra voce.
Saudade é aquela nostalgia, que vem daqueles momentos bons, que não voltam!
Saudade é aquela história contada por quem não pode contar mais.
Saudade é aquela vontade daquele abraço, que só quando se tem saudade se sabe dar e receber.
Saudade é aquela que enche os olhos de água.
Saudade só é boa no dia que acaba.


Thais Goveia!

10 de mai. de 2011

Poesia !

Poesias nascem de formas diversas.
Poesias fluem de uma alma aberta,
Poesias ecoam em canções,
Poesias afloram e transmitem emoções.
Poesias...
Poesia viva no olhar,
Poesia que leva cativo o pensar,
Poesia que canta, encanta e conta o que quiser,
Poesia que fala, escreve, descreve,
Poesia que alegra e faz sorrir,
Poesia que emociona e faz chorar,
Poesia...
Poesia que vira gesto,
Poesia que vira afeto,
Poesia que conta a história e voce se sente personagem,
Poesia que revela,
Poesia que afasta,
Poesia que se ve todo dia, sem estar escrita em nada,
Poesia na existência,
Poesia na ausência,
Poesia que se faz pelo simples fato de amar, poesia!


Thais Goveia!

30 de abr. de 2011

A São Paulo que eu vejo


Meus passos lentos as vezes percorrem lugares que fizeram parte de minha história.
Uma nostalgia paira sobre mim ao observar as ruas dessa cidade.
Onde apenas carros e pessoas transitavam, luxuosos condominios ocupam o lugar ...
Os olhos se fixam a cada detalhe e cada passo parece trazer a memória imagens de amigos, colegas de trabalho e alunos, que no mesmo vai vem de antes, porém são novos rostos continuam por ali passar.
De repente muda o cenário e no trânsito eu me pego a olhar com um sorriso que surge fácil outra parte da cidade.
São viadutos e edifícios, novos e antigos que se misturam. O Barroco e o Contemporâneo moram lado a lado.
Gente como a gente, passa daqui para lá e de lá volta, sem á ninguém encarar, típico do paulistano.
A pressa, o cansaço, o caos, a correria, o táxi, o ônibus, o metrô ou o trem levam essa gente, que sou eu, é voce, ou nenhum de nós.
Essa Megalópole que me engole, me sufoca, me abraça, me ama, me emprega, me manda embora e fica acordada dia e noite, sem folga, só pra me ver voltar.
Se estou longe sinto falta dessa cidade gelada e como odeio sentir o frio que ela me causa.
Frio de solidão, frio da multidão, frio que se sente na temperatura e na alma.
Estamos no meio de todo mundo e quase nunca falamos com alguem.
Alguém que vem de toda parte e passa a fazer parte da cidade que tudo tem.
As luzes que se acendem ao cair da noite, revela que São Paulo quer aparecer!
Brilham os faróis, brilha o neom, brilham tons de lápis e batons, brilham sorrisos sinceros ou não, brilham as faces de todos aqueles que abraçam a noite pra curtir um som...
Som?
Som de tudo, porque de tudo se tem. Do Afro ao Pop, o Erudito e Mpb...

São Paulo!!!
Amo voce, porque sou tua. Criada e formada em voce, me afasto e me achego sem medo de outra vez voce me receber.
Amo voce porque és forte, nada te abala e ainda reforças a força que tem.
Queria apenas que fosse menos individualista, que fossemos mais amigos uns dos outros.
Que as nossas ruas tivessem mais verde e nossos olhares se cumprimentassem mais vezes...
De resto o que posso dizer é que mesmo sendo tão controversa, você tem sempre uma descoberta e algo novo para eu conhecer.
Minha vida, minha casa, minha história eu escrevo em você.

Thais Goveia

8 de fev. de 2011

Pensamento Avulso



O tempo que passa, a hora que não passa,
O verso, a prosa, a conversa, a canção,
Presa, livre, consciente, confusa...
Não sei e o que sei não reflete o saber...
Penso, repenso e cansei, não tenho o que pensar..

Só ouço o tocar do relógio que insiste em avisar:
A rotina vai começar...
Olho pela janela e o reflexo do Sol nos prédios ao longe
mostram que a selva de pedra que me cerca, já acordou...
Ando pela rua alta e folhas verdes de algumas arvores caem,
elas quebram o cinza do asfalto que se mistura com o leve cinza desta megalópole.
Não conheço voce que também não me conhece e nos entreolhamos num ônibus coletivo qualquer,
Pode ser hoje, amanha, nunca ou talvez um dia...
Todo dia..
Posso sorrir, posso te ver sorrir, não sei quem voce é e voce também não sabe quem sou...
Segue a vida!
Vem o trabalho, conversas e amigos cotidianos...
Vem o vazio...
Vem o barulho...
Todo mundo junto e ninguém por perto...alguém me ouve?
Respiro fundo, penso, grito, canto, em um minuto, em um momento...
Ao redor o Teatro da vida continua a apresentar sua peça diária e infinita,
Somos nós as estrelas principais e encenamos nada mais do que a nossa realidade,
Realidade bem ou mal vivida, verdadeira ou falsa, cada um de nós ensaia ao vivo o tempo todo.
Se erro ou acerto, só sei que aprendo e quero aprender.
Me falta ar, me falta chão, me falta ...
De volta a janela e são outras luzes que iluminam a cidade,
Artificiais e altas, claras como estrelas e cada ponto de luz me remete a um ponto, um lugar...
Sinto o vento...
Frio e generoso que me envolve num momento lúdico, só meu.
A mesma brisa envolvente me traz de volta e então os olhos pesam e os devaneios pairam, passam e adormecem até que o som da nova manhã torne a me acordar...


Thais Goveia!