30 de abr. de 2011

A São Paulo que eu vejo


Meus passos lentos as vezes percorrem lugares que fizeram parte de minha história.
Uma nostalgia paira sobre mim ao observar as ruas dessa cidade.
Onde apenas carros e pessoas transitavam, luxuosos condominios ocupam o lugar ...
Os olhos se fixam a cada detalhe e cada passo parece trazer a memória imagens de amigos, colegas de trabalho e alunos, que no mesmo vai vem de antes, porém são novos rostos continuam por ali passar.
De repente muda o cenário e no trânsito eu me pego a olhar com um sorriso que surge fácil outra parte da cidade.
São viadutos e edifícios, novos e antigos que se misturam. O Barroco e o Contemporâneo moram lado a lado.
Gente como a gente, passa daqui para lá e de lá volta, sem á ninguém encarar, típico do paulistano.
A pressa, o cansaço, o caos, a correria, o táxi, o ônibus, o metrô ou o trem levam essa gente, que sou eu, é voce, ou nenhum de nós.
Essa Megalópole que me engole, me sufoca, me abraça, me ama, me emprega, me manda embora e fica acordada dia e noite, sem folga, só pra me ver voltar.
Se estou longe sinto falta dessa cidade gelada e como odeio sentir o frio que ela me causa.
Frio de solidão, frio da multidão, frio que se sente na temperatura e na alma.
Estamos no meio de todo mundo e quase nunca falamos com alguem.
Alguém que vem de toda parte e passa a fazer parte da cidade que tudo tem.
As luzes que se acendem ao cair da noite, revela que São Paulo quer aparecer!
Brilham os faróis, brilha o neom, brilham tons de lápis e batons, brilham sorrisos sinceros ou não, brilham as faces de todos aqueles que abraçam a noite pra curtir um som...
Som?
Som de tudo, porque de tudo se tem. Do Afro ao Pop, o Erudito e Mpb...

São Paulo!!!
Amo voce, porque sou tua. Criada e formada em voce, me afasto e me achego sem medo de outra vez voce me receber.
Amo voce porque és forte, nada te abala e ainda reforças a força que tem.
Queria apenas que fosse menos individualista, que fossemos mais amigos uns dos outros.
Que as nossas ruas tivessem mais verde e nossos olhares se cumprimentassem mais vezes...
De resto o que posso dizer é que mesmo sendo tão controversa, você tem sempre uma descoberta e algo novo para eu conhecer.
Minha vida, minha casa, minha história eu escrevo em você.

Thais Goveia